By Paulo QueirozArtigos, Tinto, Vinhos
Brunello di Montalcino Casanova di Neri Cerretalto 1997 e 2006
Aqui vale a menção que o José Aurélio é um dos caras mais simples e generosos que já conheci, pois ele trouxe ao jantar 5 garrafas do Cerretalto 2006, uma para cada amigo e uma outra para provarmos no jantar. Por uma dessas coincidências da vida eu trouxe o Cerretalto 1997.
Bem, o Casanova di Neri 2006 conquistou 100 pontos da Wine Spectator e o James Sucklin define o vinho como “potencialmente perfeito”. Tem um aroma fantástico de ameixa e carvalho tostado, onde descansou por 27 meses. Seus taninos estão super fortes, mas aveludados e o corpo do vinho enche a boca de sabor e aromas de grama molhada, chocolate e ameixa. O Cerretalto 2006 tem um final com sabores de couro super-longo, um vinho mineral.
Todos os amigos, Alcir, José Aurélio, Manuk e Mahfuz ficaram encantados com a personalidade marcante do Cerretalto 2006. Discutimos sobre o tema e ficamos imaginando como este vinho deve evoluir ao longo das duas próximas décadas, pois hoje já está perfeito.
Na sequência abrimos o Cerretalto 1997. Aqui chegamos a discordar de alguns pontos. Eu achei que o aroma do vinho que estava muito mais “calmo” que o 2006. Já o Alcir achou que embora perca no “nariz”, o 1997 vence no sabor. De fato ele está mais equilibrado, menos denso e muito mais elegante que o 2006. Um vinho com os mesmo sabores de ameixa, couro e carvalho tostado, mas tudo muito bem integrado com taninos finos e fortes. O final do 1997 é tão prazeiroso quanto o 2006, mas bem mais comportado e curto.
Foi uma noite maravilhosa, onde os amigos deste blog puderam dar boas risadas, provar bons vinhos e planejar o futuro.
Este é o segundo post sobre a Casanova di Neri. Quando fiz o primeiro, em junho de 2011, não conhecia ainda a tenuta, mas em setembro de 2011, visitamos pessoalmente a Casanova di Neri na Toscana, quando comprei este 1997. Veja que linda Tenuta.