Conheça mais sobre o vinho Chianti.

Last Updated on junho 30, 2024 by Paulo Queiroz

Já publicamos aqui vários artigos sobre a Toscana e seus vinhos. Hoje vamos conhecer, de forma ágil, um pouco mais sobre Chianti.

Historia

As origens do nome que denomina a região é muito antiga e incerta. Emmanueli Repetti em seu Dizionario Geográfico Físico Storico della Toscana, de (1833-48), diz que a palavra Chianti vem do Latin: O som estridente das trompetas ou o canto dos pássoaros.

Entretanto, especulações dizem que Chianti deriva do nome de uma família Etrusca. Os Etruscos habitaram a Toscana no século VIII A.C., até serem expulsos pelos Romanos no século IV A.C..

Certamente o fato é que a região das colinas em torno de Florença, até a cidade de Siena, começou a receber o nome Chinati no século XIII, como indica oo livro de Montaperti, um registro Florentino sobre agricultura e atividades da região.

Seja como for, a produção de vinhos na região é datada da ocupação Etrusca. Foi o Grand Duque Cosimo III, produtor de vinho na Villa de Pogio a Caino, que em 1716 decretou os limites da região produtora de vinho Chinati. Essa área hoje corresponde a região de Chianti Clássico (Veja o mapa).

Ao longo de todos estes anos, a história da região é intrincada, com muitas disputas, mas vale o registro que em 1932 surgiu o primeiro reconhecimento Legal da produção de vinho com esta denominação.  Entretanto, vinho da área definida por Cosimo III em 1716 poderia usar o nome Chianti Clássico e outras áreas adjacentes poderiam usar apenas a denominação Chianti, são elas: Montalbano, Rufina, Colli Fiorentini, Colli Senesi, Colli Areniti e Colline Pisane.

Regulamentação

Não houve qualquer regulamentação da produção até 1967 quando foi criada a DOC Chianti Clássico, seguindo a área delimitada em 1932. Nesta Denominazione di Origene Controllata são aceitas as seguintes variedades de cepas:

• Sangiovese de 50 a 80%
• Canaiolo Nero de 10 a 30%
• Trebbiano Toscano e Malavásia del Chianti de 10 a 30%
• Até 5% de cepas complementares, especialmente Colorino.

Em 1984 foi instituída a DOCG: Denominazione di Origene Controllata e Garantita. As proporções de cepas permitidas são:

• Sangiovese de 70 a 90%
• Canaiolo Nero de 5 a 10%
• Trebbiano Toscano e Malavásia del Chianti de 2 a 5% para Chianti Clássico e 5% a 10% para outras áreas.
• Cepas complementares: Até 5%.

Em conclusão, determinação desta DOCG restringiu bastante a produção da região e melhorou o nível de qualidade. Tanto a DOC como a DOCG possuem outras regulamentações de produção que eu não vou detalhar aqui.

• 

• 

• 

• 

• 

A DOCG permite dois tipos: Normale e Riserva sendo que a diferenciação entre eles tem relação com o tempo de envelhecimento. O Riserva deve envelhecer muito mais. Não irei detalhar porque tratam-se de regras que variam de região para região.

Aqui está uma lista dos melhores produtores da região.

1. Antinori – Uma das famílias de vinicultores mais antigas da região da Toscana, conhecida por seus vinhos de alta qualidade.
2. Castello di Volpaia – Situado nas colinas de Chianti Classico, produz vinhos elegantes e autênticos.
3. Fontodi – Famoso por seus vinhos orgânicos e biodinâmicos, que expressam o caráter único do terroir.
4. Isole e Olena – Conhecido por seus Chianti Classico excepcionais e outros vinhos de classe mundial.
5. Fèlsina – Produz vinhos com grande personalidade e estrutura, com ênfase no uso da uva Sangiovese.
6. Ricasoli – Uma das propriedades vinícolas mais antigas do mundo, conhecida por seu Chianti Clássico de alta qualidade.
7. Montevertine – Produz vinhos renomados que refletem a autenticidade do terroir da região de Radda.
8. Querciabella – Destaca-se pela produção de vinhos orgânicos e biodinâmicos, com foco na expressão do terroir.
9. San Giusto a Rentennano – Elabora vinhos elegantes e complexos, com um estilo distintivo.
10. Tenuta di Capezzana – Reconhecido pela produção de Chianti de alta qualidade, com ênfase na tradição e qualidade.

Essa lista é apenas uma sugestão e há muitos outros produtores talentosos na região de Chianti. Explorar diferentes produtores e seus vinhos pode ser uma experiência emocionante para descobrir seus estilos e preferências pessoais.