By Paulo QueirozRegiões
Conheça um pouco sobre a Hungria e seu Tokay.
Contei com a ajuda de muita gente para fazer este post e reservei o dia de hoje para seu lançamento, pois a mídia está focada na Hungria, por conta do GP de Fórmula 1.
A Hungria tem tradição na produção de vinhos desde o século XVII e seu sistema de classificação dos vinhos pelo critério de qualidade é mais antigo que o sistema Frances. Esse sistema foi desenvolvido na famosa região de Tokaj-Hegyalja. Os vinhos Húngaros ficaram fechados pela cortina de ferro e agora ressurgem com toda a sua qualidade.
O principal vinho da Hungria é o Tokay Aszú, vinho doce de sobremesa.
A região de Tokaj fica a 200km de Budapeste e inclui 28 vilas espalhadas por montanhas e antigos vulcões. Fica na mesma latidude que o vale do Loire na França, porém com clima mais intenso. The Royal Tokaji Wine Company foi a pioneira do renascimento dos Tokaji, após a queda do comunismo. Um grupo de investidores estrangeiros, incluindo Hugh Johnson e Peter Vinding-Diers, formaram a companhia em parceria com os fazendeiros na vila de Mád. Esta associação produziu sua primeira safra em 1990, que marcou o retorno do verdadeiro estilo Tokaji.
O Tokay Aszú é um vinho de sobremesa excêntrico e não deve ser servido super gelado, mas apenas fresco a cerca de 13o. A doçura do Tokay é medida em puttonyos Na prática, muitas empresas excedem o limite de açúcar residual, assim um vinho com 5 puttonyos pode ter mais que os 15% indicados na lei.
Veja a Escala:
3 puttonyos: Doce de 6% a 9% de açúcar residual.
4 puttonyos: 9% a 12%
5 puttonyos: até 15%
6 puttonyos: até 18%
Tokay Aszú Eszencia: mais de 18% de açúcar residual.
Tokay Eszencia: de 40% a 70%.
O sistema Tokay de classificação surgiu em 1700, mais de um século antes da classificação de Bordeaux de 1855. O Príncipe Rákóczi determinou uma classificação por qualidade utilizando termos latinos: primae classiis, secundae classis, assim por diante. Dois vinhedos receberam uma classificação especial: Pro Mensa Caesaris Primus, (escolhido para a mesa do Cesar).
Meu amigo Laszlo, do blog Budapest Daily Review inidca as safras de 1999 e 2000. Vale a pena você conhecer o Blog do Laszlo, pois ele escreve em inglês, possui muita cultura sobre o vinho e é um fotografo formidável.
A foto do topo é do Marcelo Frazão.
Para saber mais, leia o livro A BIBLIA DO VINHO de Karen MacNeil, fonte de informações para este post.
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