Criado em: 01/09/2020 às 22:40 | Atualizado em: 08/08/2023 às 12:30
Copa das Confederações do Vinho.
Entre 14 e 28 de junho o NOSSO VINHO vai promover a Copa das Confederações do Vinho, que vai acontecer simultâneamente a Copa das Confederações de Futebol. O objetivo é criar desafios entre os vinhos dos 8 países participantes da Copa. Veja mais detalhes aqui.
Entra em campo a Nova Zelândia.
Gabriel o técnico da Nova Zelândia entra com tudo na competição com uma sequência de posts 100% preparados por ele. Aqui a apresentação do país que vai disputar a Copa das Confederações do Vinho:
Histórico
A primeira coisa a esclarecer sobre a Nova Zelândia é deixar bem claro qual a sua Capital. Diferentemente do que muitos pensam, a Capital Federal da NZ é Wellington e não Auckland, que é a cidade mais conhecida pelo fato de ser a mais populosa e pela sua representatividade econômica para a região.
Com relação à produção de vinhos, os relatos que encontrei datam os primeiros vinhedos de 1835, justamente durante a batalha dos ingleses contra os Maoris para o controle do território, sendo que os Maoris habitavam a região desde o século XIV.
O mais interessante é que a produção de vinho naquela época não era comercial, ou seja, produziam-se vinhos apenas para o consumo das tropas britânicas.
O desenvolvimento dos vinhedos andou, aparentemente, da mesma forma que o desenvolvimento populacional: ocorreu progressivamente do norte para o sul do país. Sendo assim, no início do século XX, a indústria era mais aquecida ao redor de Auckland, na Ilha Norte, onde se encontrava um terço da população do país. Entre 1960 e 1970 a população cresceu rapidamente para o sudeste do país, em Gisborne, e também mais ao sul, na região de Hawke’s Bay, e os produtores acompanharam essa tendência. Já entre 1970 e 1980 os primeiros vinhedos foram plantados em Marlborough na Ilha Sul e por último foram feitas experiências bem sucedidas de instalação de vinhedos nas regiões de Canterbury e Otago, sendo as regiões produtoras de vinhos mais ao sul do mundo.
Diversos movimentos políticos afetaram diretamente a indústria do vinho na NZ. Um dos mais importantes foi o acordo de relações econômicas entre Austrália e Nova Zelândia em 1981, onde não haveria mais tarifas de importação e exportação entre os dois países. Com isso os produtores neozelandeses se viram frente a um mercado pelo menos dez vezes maior, fazendo com que a produção de vinhos na Nova Zelândia crescesse de forma extraordinária até 1983, tanto que em 1986 o governo da NZ ordenou que um quarto de todas as videiras fosse arrancado para estabilizar o mercado, pois a maioria das videiras produzia vinhos variados e com qualidade bem sofrível.
Essa profissionalização imposta pelo governo fez o mundo amante do vinho olhar para a Nova Zelândia como um dos países com potencial para vinhos de qualidade, movimento que nos anos 90 fez o número de vinhedos crescer de forma espantosa, passando de 4.880 hectares para 13.000 hectares nos anos 2000, com a demanda e consumo doméstico praticamente estáveis. Realmente a NZ começou a exportar – de verdade – seus vinhos, movimento que continua crescente até os dias de hoje.
O Clima
Embora a Nova Zelândia tenha uma grande diversidade de climas em seu território e uma grande variedade de tipos de solo, é um país geralmente de clima fresco e com precipitações em grande escala, requerendo cuidados para os produtores com relação à drenagem e com relação ao controle de folhagens, fazendo com que as uvas amadureçam de forma perfeita, produzindo vinhos mais aromáticos e de maior frescor.
As Variedades
Praticamente três quartos dos vinhos da Nova Zelândia são de uvas brancas, predominantemente variações de uvas francesas, com algumas uvas alemãs. O Chardonnay é o vinho branco mais produzido, seguido pelo Sauvignon Blanc. O Muller-Thurgau, Riesling e um pouco de Gewürztraminer, Pinot Gris, e Sémillon são outras variedades brancas presentes, porém em escala muito inferior.
Para os tintos, a Pinot Noir é a variedade mais importante, seguida por Merlot e Cabernet Sauvignon.
A situação referente às uvas nas duas ilhas:
Nova Zelândia
ILHA NORTE
Auckland – Cabernet Sauvignon, Pinot Noir, Muller-Thurgau
Gisbourne – Chardonnay, Müller-Thurgau, Gewürztraminer
Hawke’s Bay – Chardonnay, Cabernet Sauvignon, Merlot, Sauvignon Blanc, Müller-Thurgau
Martinborough – Pinot Noir, Chardonnay, Riesling