By Paulo QueirozArtigos
Quinta da Bacalhoa 2004
O Gabriel está passando uma semana de ferias em Natal e envia de lá este português, que tomou no restaurante Guinza.
Apresentação do Fabricante: “A Quinta está localizada nas meias-encostas de Azeitão viradas a Noroeste. O clima é ameno devido à forte influência Atlântica. A vinha foi plantada em 1972, em solos calcários vermelhos e bem drenados, com as castas Cabernet Sauvignon (90%) e Merlot (10%). Os vinhos elementares são fermentados, sem engaços, a temperatura controlada (25º C), durante cerca de uma semana. Segue-se um período de “cuvaison” (maceração pelicular pós-fermentiva) de 4 a 6 semanas, que promove tanto uma maior extracção dos elementos nobres das películas como a subsequente fermentação maloláctica. Finalmente separam-se os vinhos das partes sólidas, elaborando-se o lote final. O vinho estagia durante 9 a 14 meses em barricas de carvalho.
Documentos históricos comprovam que desde sempre houve vinhas na quinta, como por exemplo a discrição da doação feita em 1426 por D. Duarte, filho de D. João I, Rei de Portugal, ao seu irmão Infante D. João de toda a Quinta da Bacalhôa, que vem descrita com “todos os seus paços, casas, adegas, lagares, terras de pão, VINHAS, pomares, olivais, matos e terras baldias, pocigos, águas”. Em 1972, a pedido de Thomas Scoville, então dono da Quinta da Bacalhôa, António d’Avillez instalou uma vinha a fim de produzir um vinho com um encepamento semelhante ao que é usado em Bordéus, nomeadamente no Médoc. As castas escolhidas foram Cabernet Sauvignon e Merlot. O primeiro vinho com esta marca foi o da colheita de 1979, sendo o primeiro Cabernet Sauvignon de fama no país.”
Este vinho tem uma boa complexidade para o seu custo. Um toque de tabaco e cassis. Precisa decantar para abrir todo o seu potencial. Aqui vai a impressão do Gabriel: “O Quinta da Bacalhoa 2004 que tomei no restaurante Guinza em Natal-RN foi um vinho que me surpreendeu. Sua cor, rubi intenso, de cara deu a entender que não se tratava de um Cabernet simplório. Seu aroma e sabor deixaram mais evidente a mistura de frutos pretos do que o tabaco e a menta reconhecidos por outros. O destaque vai para o corpo e persistência: o início é bem suave, mas conforme você vai degustando o que marca é o seu final longo.”
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Paulo Queiroz
Publicitário, Administrador e Conselheiro de empresas. Editor do NOSSO VINHO desde Outubro de 2008